quarta-feira, 23 de junho de 2010

NARRATIVA GRÁFICA COM WILL EISNER


Uma boa dica de bibliografia: EISNER, Will. Nova York : A Vida na Grande Cidade. São Paulo : Companhia das Letras, 2009.
Na verdade, esse livro é a reunião de quatro trabalhos de Eisner:
Nova York: A Grande Cidade (1981, 1982, 1983, 1986)
O Edifício (1987)
Caderno de Tipos Urbanos (1989)
Pessoas Invisíveis (1992, 1993)

Nesses trabalhos o mestre Will Eisner nos presenteia com uma aula de narrativa gráfica. Percebam a maneira como ele conecta uma imagem na outra, mudando constantemente o ângulo de visão do observador, emprestando dinamismo à cena. Essa lógica poderia facilmete servir de referência para uma prancha de apresentação de projeto, onde a diversidade de espaços é mostrada através de uma sequência de imagens. Reparem como ele capta a essência dos personagens urbanos e a forma como os mesmos se relacionam com o espaço urbano.
Para os que não sabem, Will Eisner (1917-2005) é uma espécie de avô dos quadrinhos. Uma referência obrigatória para qualquer cidadão que quer se aventurar no mundo dos quadrinhos. Estava presente no nascimento da indústria de HQs na década de 1930. Em 1940 criou The Spirit, publicando-o durante doze anos como um suplemento inovador do jornal de domingo, com uma tiragem semanal de 5 milhões de exemplares. Nas sete décadas seguintes, The Spirit praticamente não saiu das bancas.
Em 1978, Eisner criou a primeira graphic novels de sucesso, Um contrato com Deus, inaugurando um novo gênero literário. Depois disso Eisner ainda faria quase vinte graphic novels. Desde 1988, o maior prêmio da indústria dos quadrinhos chama-se "O Eisner". O próprio foi premiado com alguns "Eisners".

terça-feira, 22 de junho de 2010

TRABALHOS DO ILUSTRADOR TADAHIRO UESUGI

 Aqui estão alguns trabalhos do ilustrador Tadahiro <http://www10.big.or.jp/~tuesugi/>. São bons exemplos para estudar alguns aspectos do desenho. A utilização da cor e das tonalidades se destacam no trabalho de Tadahiro. Fica evidente o cuidado com a escolha das matizes utilizadas, a temperatura de cor, a intensidade e a saturação das cores para se alcançar o resultado desejado. A luz e a sombra e a temperatura das cores são muito importantes na maioria dos trabalhos. 
No entanto, essas não são as únicas características para às quais devemos atentar. Se nos demorarmos um pouco mais sobre os trabalhos, poderemos observar a maneira, quase sempre interessante e criativa, como o ilustrador resolve a estrutura do desenho, como determina o recorte da cena (nem sempre no formato padrão A4), como lida com os espaços cheios e vazios (figura e fundo) de forma equilibrada (o suporte, o espaço vazio É desenho), como ele cria uma sequência de planos contribuindo para a profundidade da perspectiva, como ele sintetiza parte da informação para que se possa discernir um foco de interesse em cada trabalho, como utiliza a figura humana de forma despojada para evidenciar a escala dos edifícios e arquiteturas e, mais que isso, mostrar que tipos de personagens urbanos frequentam aquele espaço e o modo como o utilizam, criando uma narrativa na cena, sempre que possível.
Realizar pequenos esquemas, croquis, para estudar a estrutura do trabalho, a escolha das cores e das tonalidades é um exercício imprescindivel e enriquecedor para nosso conhecimento sobre desenho.

sexta-feira, 4 de junho de 2010